A Saga de Um Pensador, O Futuro da Humanidade: Uma leitura, uma reflexão

Uma amiga de família emprestou-me este livro para ler e devo dizer que adorei. É um livro que aborda a doença psiquiátrica, a relação humana e social, e a importância da sociedade e principalmente dos profissionais da saúde mental (psiquiatras e psicólogos) na cura e tratamento dos pacientes psiquiátricos. Desde a esquizofrenia até à depressão, o livro dá-nos uma lição sobre o modo de ver o mundo, a forma de encarar as coisas e faz-nos perceber que o tratamento não está apenas nos medicamentos, nem numa psicoterapia, mas sim é uma relação entre estes factores e a nossa vontade de mudar, a nossa vontade de viver, de sermos felizes e de sermos aceites.

Se são amantes da leitura, se são estudantes de psicologia, psiquiatria ou outro curso que envolva o contacto e relação pessoal, ou se simplesmente são pessoas que procuram respostas para as suas questões existências, aconselho vivamente a lerem este livro. Ao longo do livro existem várias passagens que me fizeram parar, reflectir, voltar a ler, voltar a pensar e reflectir mas uma das frases do autor que mais me marcou no livro foi quando uma das personagens diz que é possível suportar a solidão social, mas quando nos mesmos nos abandonamos, essa solidão torna-se intolerável. Ou seja, podemos estar rodeados de pessoas, mas se nunca nos conseguir-mos encontrar connosco próprios, estaremos sempre sós e com um sentimento de vazio que não tem fim.

Eis uma pequena sinopse sobre o livro: "Neste seu primeiro romance, o psiquiatra Augusto Cury narra a trajectória de Marco Polo – não o navegador e aventureiro veneziano do século XIII, mas um jovem que embarca na grande aventura que é a vida. Marco Polo é um estudante de Medicina, um espírito livre cheio de sonhos e expectativas. Ao entrar para a faculdade, é confrontado com uma dura realidade: a da insensibilidade e frieza dos seus professores, que não percebem que cada paciente é, mais do que um conjunto de sintomas, um ser humano com uma história complexa e única de perdas e desilusões. Indignado, o jovem desafia profissionais de renome internacional para provar que os pacientes com perturbações psíquicas precisam de mais que remédios e diálogo – precisam de ser tratados como pessoas, como iguais. Numa luta constante contra a discriminação, Marco Polo vai provocando uma verdadeira revolução de mentalidades..."

Posso mesmo afirmar que ler o livro me fez pensar nesta fase da minha vida que estou a viver, foi como se ao ler aquelas linhas e entrelinhas, me tivessem dado uma lição de vida, da qual eu retirei muita aprendizagem que espero e quero pôr em prática.