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Olá a todos. Neste blog vou dar-vos a conhecer um pouco mais sobre mim, o que faço, o que vejo, escuto e principalmente vou dar a minha opinião sobre isso. Tentarei dar a minha opinião sem ferir a susceptibilidade de ninguém e respeitando os gostos de cada um, por isso peço que respeitem os meus assim como as minhas opiniões.Por isso peço também que encarem tudo como com bom-humor.
Visitem, comentem e digam-me o que acham dos temas que vou propondo. Se quiserem contactar comigo podem deixar-me um comentário nos posts ou na caixa de mensagens que responderei assim que puder.



Bullying na ordem do dia

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Já ouvi esta palavra à muito tempo mas é típico do português só se preocupar com as coisas depois das desgraças já terem acontecido. Foi preciso uma criança morrer (depois de já muitas terem morrido pelos mesmos motivos ou serem mesmo assassinadas) para que as celebridades e afins viessem dizer ao mundo o quão grave são estas situações.

Bem a minha opinião sobre este assunto, o Bullying, é tão vasta que me ia por aqui com termos da psicologia e nunca mais terminava mas as crianças que fazem isto são muitas vezes crianças de ambientes familiares desestruturados  (e neste aspecto não envolvam só o dinheiro), com uma auto-estima muito em baixo e um medo de rejeição enorme que encontram  na agressão face aos outros um "tubo de escape" para este sofrimento, em outros casos podem ser crianças ou adolescentes criados como se fossem os reis, tendo-lhes sempre sido incutida a noção de que são superiores aos outros.

Na minha adolescência nunca fui alvo de bullying grave (fui algumas vezes gozada por colegas meus ou tiveram palavras menos simpáticas minhas mas nunca nada de grave) e nem tive conhecimento que os meus primos tivessem sido alvo de tal situação mas eu digo-vos que se um dia um primo meu ou o meu afilhado passar por uma coisa destas, coitadinha ou coitadinhas das crianças que fizerem isso é que lhe dou uma lição que nunca mais se levantam do chão, e escusam depois de lá vir a família mandar vir porque também levam.

Eu sei que não devia ser assim, mas como cuidei do meu primo e do meu afilhado desde que nasceram, são quase como meus filhos.

5 comentários:

Catarina 7 de março de 2010 às 17:31  

eu felizmente nc fui vitima de bullying grave... passei muito maus tempos na escola kd era mais nova mas... kd voltei da suiça a mminha mae tinha medo que eu fosse apanhar muita porrada ( sofrer desse mal) mas quem dava porrada era eu LOL para mim os putos que praticam bullying contra os outros são cobardes que usam o tamanho para maltratarem os mais fracos... e mais n tenho a dizer

Leonor 14 de março de 2010 às 01:51  

É uma tristexa acontecerem casos como o suicídio de um rapaz tão novo e de um professor por causa do ambiente escolar.
A minha situação é igual à tua, Rute... Aliás, nunca presenciei casos de agressão ou desrespeito da ordem que vejo agora!! Será que é uma realidade mt recente (já que sou jovem)?! Ou tive sorte?!
Quanto ao que disseste "coitadinha ou coitadinhas das crianças que fizerem isso é que lhe dou uma lição que nunca mais se levantam do chão, e escusam depois de lá vir a família mandar vir porque também levam", as coisas não são tão lineares assim. Contudo, no que tu disseste indicas uma solução (complementada com outras, visto que o problema é complexo e dinâmico, isto é, depende do caso em concreto): a pessoa tem que ripostar, tomar uma medida, não se pode esconder, deve pedir ajuda, fazer frente e acima de tudo compreender que aquilo que foi dito não é uma verdade (e aí também está um grande problema: a pessoa consciencializa-se que de facto não vale nada e não se apercebe que o insulto é gratuito, não há preocupação por parte do agressor - psicológico ou físico - de que o insulto tenha correspondência com a realidade).
Vi, há dias atrás, uma resportagem na RTP1 e uma entrevista no Vida Nova que dá para perceber os diversos contornos deste fenómeno deplorável! É uma vergonha! Qualquer ser humano minimamente saudável psicologicamente deve sentir incredulidade por se passarem acontecimentos como estes?! Levar ao suicídio um rapaz?! Eu se fosse o agressor eu não conseguiria dormir? O que está acontecer neste mundo? Apregoamos à boca grande que somos civilizados e acontecem estas coisas?! Bem dizia o outro: "Os seres humanos são estúpidos: matam-se e magoam-se uns aos outros (que são da mesma espécie)".
Depois há uma questão é que as restantes pessoas vêem e sabem o que se está a passar, mas têm medo de fazer algo. Logo, a pessoa que está a ser agredida isolasse cada vez mais.
O caso apresentado no Vida Nova era de um rapaz que por ter sido vítima de bullying durante 3 anos chumbou um ano?! É inacreditável!! É a maldade pura no seu melhor!
Agora coloco a seguinte questão: se acontecem casos como o masacre de Columbine (dois alunos americanos mataram a tiro colegas da sua escola – ver a propósito o filme “Elephant” de Gus Van Sant, grande filme) será que os dois alunos são os maus das fita ou são vítimas? Na minha opinião isso pode acontecer, à semelhança de outros países europeus e dos EUA, em Portgal se nada for feito.
Quem pensa que quem é vítima de bullying ou que se suicida porque não aguenta mais o ritmo da sua actividade laboral é uma pessoa ”fraca”, está muito enganado! No primeiro caso, geralmente são pessoas que não gostam de ser “marias/zés vão com as outras e que são pessoas com bom coração (é só uma impressão, não fiz nenhum estudo, posso estar errada), no segundo caso, não é mesmo verdade. Com efeito, foram feitos estudos que qualquer pessoa (e quando o digo, é mesmo qualquer pessoa) pode suicidar-se devido à pressão que o local de trabalhop lhe insurge.
Posto isto, devemos todos pensar, devemos todos contribuir para impedir que fenómenos como esses aconteçam: os pais através da educação que dão aos filhos, os jovens ostracizando aqueles que cometem tais basbaridades e apoiando aqueles que são vítimas, o ministério da educação criando mecanismos (como por exemplo, castigos severos) para impedir que aconteçam casos de desrespeto na escola. Toda a gente é importante!!
Estes fenómenos só dão voz aqueles que dizem que antigamente é que era e, infelizmente, numa coisa lhes tenho que dar razão, os jovens de hoje em dia não sabem dar um bom uso da liberdade que lhes é conferida.
A sociedade deve olhar para que rumo estamos a caminhar: há cada vez mais suicídios por motivos escolares, de trabalho (ver a propósito uma entrevista de Christophe Dejours sobre o assunto no Público) o que mostra que algo se passa mal nas escolas e no mercado de trabalho, o que perspectivado de uma forma global, evidencia que algo se passa de muito mal na forma como se está a levar a vida actual!

Leonor 14 de março de 2010 às 01:53  

Peço desculpa pelo post anterior ser muito grande. Acho este assunto, sob o ponto de vista sociológico, muito interessante (infelizmente).

Rute 15 de março de 2010 às 11:55  

olá leonor. obrigada pelo teu comentário, gostei imenso de ler :).

"Quanto ao que disseste "coitadinha ou coitadinhas das crianças que fizerem isso é que lhe dou uma lição que nunca mais se levantam do chão, e escusam depois de lá vir a família mandar vir porque também levam", as coisas não são tão lineares assim." quando eu disse isto referia-me a quem batesse em familiares meus. é que eu não admito que mal-tratem pessoas que eu tanto gosto e nestes casos o coração fala sempre mais alto que a razão.


vou ver o filme que recomendas-te - se o encontrar na net - pk se fala deste fenómeno então devo gostar. obrigada pela dica.

Leonor 17 de março de 2010 às 22:45  

Em primeiro lugar, peço desculpa pelo meu erro ortográfico "tristexa", quando deveria ser, claro, "tristeza". Foi uma tristeza ter dado um erro desse tipo lol.

Eu compreendo a tua atitude, claro. Eu, em teoria (visto que, felizmente, nunca passei, nem presenciei situações deste tipo), faria a mesma coisa. Contudo, não sei se, em algumas situações, isso resolveria o problema ou só iria agravar a situação. E passo a explicitar o meu raciocínio: na referida reportagem, contava um caso de uma mãe que viu a sua filha a ser agredida na entrada da escola e disse ao tal grupo (pois eles acham-se muito corajosos, mas geralmente agridem em grupo) e a mãe disse-lhes uma coisa do género: "posso ir para a prisão, mas parto-vos a cara" e houve uma rapariga que mesmo assim teve "a lata" de a desafiar - uma senhora que bem podia ser a mãe dela (já não há respeito) -, até que foram chamados funcionários para acalmar os ânimos. Para tu veres como isto está a chegar, já se chama a polícia para resolver problemas destes!! O problema é a educação que lhes é dada em casa (muitas vezes os pais ainda são piores) e os miúdos sabem cada vez menos os limites e não têm medo de nada...
O que eu quero dizer com tudo isto é que este assunto é muito complexo e de solução um pouco enevoada (não há uma solução única). Para além disso, se a "contra-violência" fosse a única solução (concordo que em certas situações, pode ser uma boa solução), este fenómeno não teria a dimensão que tem...

Quanto ao filme acho que fazes muito bem... Contudo, não é um filme de massas, portanto, não sei se encontrarás... Para alem disso, é um filme com uma realização um pouco diferente da habitual (ou seja, do típico filme americano). Os actores são amadores (mas, a meu ver, isso não é um defeito, muito pelo contrário, dá-lhe um cunho de veracidade, realismo e ternura (sim pode parecer estranho, mas se vires vais reparar, na parte do beijo na cara).
Espero que gostes e se o vires diz alguma coisa, mesmo se for para dizer mal!